terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Módulo 1

Módulo 1

Nosso curso é dividido em sete módulos

Módudo 1

Introdução

O curso de eletrônica que oferecemos é dividido em aulas teóricas e práticas. Através do nosso site você assiste às aulas práticas e através de e-mails você tiras todas as dúvidas.

O que oferecemos nos módulos é tudo direcionado para a prática, ou seja, assuntos que lhe servirão na bancada de sua oficina. Visite sempre nosso site nele você encontrará novidades e aulas que são publicadas semanalmente.

Aqui não vamos entrar em cálculos e teoria que aprofunda em projetos de engenharia, que sem dúvida sairia do nosso contexto oferecido a você.

As especialidades do curso que oferecemos são as seguintes:

Eletrônica Básica, Som, Telefonia, TV, Monitor de vídeo para computador, computador, Impressoras, Vídeo cassete, Forno microondas, estas especialidades você recebe em módulos, como este primeiro que está em suas mãos.


Módulo 1

Os principais componentes da entrada de corrente elétrica em uma fonte de alimentação de um equipamento eletrônico são:

  • Chave liga-desliga.
  • Fusível.
  • Transformador.
  • Diodos retificadores.
  • Capacitor de cerâmica, poliéster, plate, Styroflex.
  • Filtro (capacitor eletrolítico).
  • Resistores.
  • transistores

FUSÍVEL

A função do fusível no circuito é protegê-lo de sobrecargas; ao romper-se por excesso de sobrecarga, impede a passagem de tensão no circuito protegendo-o de maiores danos.

Normalmente vem impressa na parte metálica que compõe seu invólucro, a capacidade em ampère suportada pelo mesmo, como por exemplo: 1,5 A, 2,5 A e etc.

Símbolos




Aspecto real do fusível junto a um suporte

CHAVE liga desliga

Tem como função no circuito bloquear ou permitir a passagem de tensão no momento de seu acionamento, desligando ou ligando respectivamente a chave.

Vem impresso em seu corpo o valor de tensão e corrente suportada, como por exemplo: 220V / 30A, 110V / 25 A, etc.

Em algumas chaves não se encontra o valor impresso, mas com o seu emprego sabe-se o seu valor. Abaixo temos um exemplo de chave liga -desliga e seu símbolo.

Transformador

Os transformadores são constituídos de duas bobinas enroladas em um único núcleo de ferrite ou ferro laminados. São usados para baixar ou elevar tensões e combinar as características do circuito, como o próprio nome sugere “transforma” essas tensões. Por necessitarem de variações de corrente no seu enrolamento primário (bobina onde é aplicada a tensão de entrada), os transformadores não admitem o uso em... Circuitos de corrente contínua. Assim, em aparelhos onde se torna necessário o uso de transformadores, estes são instalados antes da etapa de retificação da corrente (de alternada para contínua). ASSTP mostra logo a seguir os símbolos do transformador e ao lado o aspecto real.

DIODOS

Os Diodos semicondutores ou simplesmente diodos, são dispositivos formados basicamente por uma junção PN, podendo ser de germânio ou silício. Seu símbolo é mostrado abaixo.




Diodo Retificador

Normalmente são diodos de silício e sua finalidade é transformar a corrente alternada em corrente contínua nas fontes de alimentação.

O tamanho e o formato dependem da corrente e tensão que eles irão suportar dentro do circuito ao qual farão parte.

No esquema abaixo temos uma aplicação prática do diodo retificador em dois tipos de fonte.

No primeiro esquema, temos dois diodos retificadores fazendo uma retificação de onda completa e no segundo apenas um diodo fazendo o que se chama de retificação de meia onda.

Na onda completa, os dois semiciclos da tensão alternada da rede são aproveitados, enquanto que no segundo esquema é aproveitado apenas um semiciclo.

Quando usamos diodos neste tipo de aplicação (retificação de tensão), precisamos usar tipos que tenham uma tensão inversa maior do que a que vai aparecer em funcionamento, ou seja, o valor de pico da tensão alternada. Para um transformador de 12V, por exemplo, a tensão de pico é da ordem de 17V o que significa que o diodo deve suportar esta tensão.

Classificam-se em função da corrente máxima que podem conduzir e retificar a tensão de pico que suportam, quando polarizado no sentido contrario.

Os de série 1N4000 são os mais comuns suportando corrente de até 1A (ampère), elevando-se esta capacidade, à medida que seu número aumenta, como o ASSTP exemplifica abaixo:

1N4001. tensão máxima inversa 50 V

1N4002. tensão máxima inversa 100V

1N4003. tensão máxima inversa 200V

1N4004. tensão máxima inversa 400V

1N4005. tensão máxima inversa 600V

1N4006. tensão máxima inversa 800V

1N4007. tensão máxima inversa 1000V

É boa prática visando dar maior proteção ao diodo, a de se utilizar aquela cuja tensão inversa máxima, seja acima da tensão que normalmente lhe será aplicada.

Diodos de uso geral (bloqueador e sinal)

Estes diodos, normalmente de silício, mas que também podem ser de germânio em aplicações especiais, se caracterizam por operarem com correntes relativamente baixa.

Diodo Zener

Mantém entre seus terminais a tensão constante, funcionando como um regulador de tensão muito eficiente.

Os diodos Zener são então especificados pela tensão que mantém em seus terminais, por exemplo: 3, 6, 9, 12, 18 Volts e também pela potência que nos diz qual é a corrente máxima que podemos controlar sem que ocorra a destruição do dispositivo.

LEDs

Os LEDS (Light Emmiting Diodes) são diodos que ao serem polarizados de modo a conduzir a corrente, emitem luz. Estes diodos são feitos basicamente de arsenieto de gálio e conforme as impurezas a luz terá uma cor diferente. Os tipos mais comuns são os que emitem radiação infravermelha, luz vermelha, amarela, laranja, verde e azul e, os mais raros, violeta. A tensão de trabalho dos LEDS varia de 1,8 a 2,1 Volts.

A seguir, o ASSTP mostra a simbologia do LED e seu aspecto real.




DICAS

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo aberto

Diodo aberto

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo em aberto

SOM

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

-

-

Diodo aberto

Diodo em curto

-

VÍDEO

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo aberto

Diodo em curto

-

COMPUT.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

IMPRESS.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

TELEF.

Chave, diodo aberto

-

-

Diodo aberto

-

-

Exercício.

  1. Qual a função do diodo retificador?
  2. Qual a função do transformador?
  3. Qual a função do fusível?
  4. O que é chave de onda?

Capacitores

Os capacitores muitas vezes são chamados incorretamente de condensadores, os capacitores são constituídos de um conjunto de placas de metal, separadas por materiais isolantes. É exatamente a característica do material utilizado que qualifica o tipo de cada capacitor. Desta forma, se o material empregado como isolantes for poliéster, o capacitor será conhecido como Capacitor de Poliéster, se o material isolante usado for de mica (malacacheta), o capacitor será conhecido como Capacitor de mica.

O capacitor tem suas placas separadas por um material isolante comumente chamado de “dielétrico”, têm a propriedade de armazenar cargas elétricas, e, por conseguinte, energia elétrica quando é aplicada tensão aos mesmos.

As propriedades dos capacitores em armazenar cargas, conhecida como capacitância, tem um padrão de medida denominado “FARAD”. O FARAD é largamente usado em submúltiplos, micro, nano, etc. Ex:

1 Microfarad (mF) corresponde a milionésima parte do FARAD, ou seja, um FARAD dividido por um milhão é igual a 1 mF.

1 Nanofarad (nF) corresponde a milésima parte de 1mF, ou seja, 1 Microfarad dividido por mil é igual a 1nF

1 Picofarad (pF), resulta na divisão do Nanofarad, ou seja, 1 Nanofarad dividido por mil é igual a 1 pF.

Os capacitores são identificados, simbolicamente conforme é mostrado abaixo. Independentemente de seus tipos. Exceção feita aos capacitores variáveis, trimer e eletrolítico, que possuem símbolo próprio, os quais serão conhecidos em breve.

Os capacitores de cerâmica são utilizados em circuitos de alta freqüência, até a faixa de UHF, sendo encontrados na faixa de 1Pf a 470.000 Pf (470 nf) com tensão de até alguns milhares de Volts.

Os capacitores de poliéster são empregados em circuito de RF e áudio, para.

Filtragens, sintonia, acoplamento, e desacoplamento de sinal de áudio e tensão.

Os capacitores Plate são usados em circuitos de Rádio-freqüência, com o objetivo de acoplar e desacoplar freqüências.

Os Capacitores Styroflex tem seu uso comum em circuitos osciladores de RF (Rádio freqüência).

Simbologia do capacitor poliéster, cerâmica, plate, styroflex.

Capacitores eletrolíticos

É um tipo de capacitor muito importante dentro de um circuito eletrônico. No capacitor eletrolítico temos uma das armaduras composta de alumínio que entra em contato com uma substância química ativa e se oxida, criando assim uma outra camada isolante que age como dielétrico.

Assim quanto mais fina for a camada isolante (dielétrico), maior será a capacidade do capacitor, permitindo com o uso de componentes relativamente pequenos o alcance de elevadas capacitâncias. Os capacitores eletrolíticos são polarizados, isto é, sua armadura positiva terá que ser sempre a mesma. Se invertermos a polaridade no circuito de forma a carregar a amadura positiva de carga negativa, o material isolante (dielétrico) se destruirá, inutilizando o capacitor.

Estes componentes, como podemos concluir, foram desenvolvidos para permitir o alcance de capacitância mais elevado, e resistir a tensão de trabalho e isolação mais alta em relação a sua capacitância. No seu ramo, há tipo que utiliza o óxido de alumínio como dielétrico; e assim conhecido como capacitor eletrolítico de alumínio e outro tipo que utiliza o óxido de tântalo.

As faixas de capacitância destes componentes são as seguintes:

· Alumínio: 0,5 Mfd a 10.000 Mfd.

· Tântalo : 0,1 Mfd a 100.000 Mfd.

ASSTP mostra logo em seguida as simbologias que representam os capacitores eletrolíticos.

_ . + _ +

Estes capacitores são utilizados especificamente em filtragem de fontes de alimentação, circuitos osciladores de baixa freqüência acoplamento de sinal de baixa freqüência e circuito de tempo (temporizador).

Resistores

São Componentes cuja função básica é controlar a intensidade da corrente elétrica em um circuito quaisquer, limitando-a aos valores adequados para um funcionamento correto do circuito. O resistor também transforma parte da corrente aplicada em seus terminais em energia em forma de calor. O exemplo mais comum da presença de temperatura excessiva no circuito e seus efeitos prejudiciais são o do “curto-circuito”.

Assim, os resistores são desenvolvidos com materiais e tecnologia adequada para “resistir” à intensidade de corrente, de maneira ordenada, permitindo a correta passagem desta corrente de maneira a propiciar um perfeito funcionamento do circuito.

O valor da resistência nominal de um resistor com relação a intensidade de corrente elétrica, é calculado levando-se em consideração a quantidade de voltagem e corrente que passará pelo resistor em um determinado momento; este valor nominal é expresso por uma unidade de medida conhecida como “ohms” (leia-se OMES), e cuja o símbolo é representado pela letra grega W.

Os valores de cada resistor se encontram em uma faixa que vai de 0.1 W até 22.000.000 de W.

Para expressar estes valores que muitas vezes são altos, é comum usarmos múltiplos como o K de quilo, representando o valor 1000 (mil), e o M de mega representando 1.000.000 (um milhão). Como exemplo podemos dizer que é bem mais fácil falarmos que um resistor tem uma resistência de 1KW do que falarmos que o resistor tem uma resistência de 1000 ohms, ou ainda 1,2MW ou 1M2W do que Um milhão e duzentos mil ohms.

Logo em seguida o ASSTP mostra a tabela de código de cores para os resistores, maneira pela qual podemos ler todos os valores possíveis para um resistor, uma vez que se trata de componentes de tamanho bastante reduzidos, se optou por colocar em seu corpo faixas coloridas em forma de anéis, ao invés de números, desse modo é de suma importância o aprendizado dessas cores para a identificação do componente.

Nos resistores comuns, há quatro anéis coloridos, onde os três primeiros indicam a resistência e o quarto representa a porcentagem em tolerância. Podendo vir com o anel na cor dourado, que é de 5% ou prata que de 10%.

Símbolos.

Tabela do código de cores

COR

1o Anel

2o Anel

3o Anel

Multiplicador

4o Anel

Tolerância

Preto

0

0

x 1

0

Marrom

1

1

x 10

1 %

Vermelho

2

2

x 100

2 %

Laranja

3

3

x 1.000

3 %

Amarelo

4

4

x 10.000

4 %

Verde

5

5

x 100.000

-

Azul

6

6

x 1.000.000

-

Violeta

7

7

-

-

Cinza

8

8

-

-

Branco

9

9

-

-

Prata

-

-

x 0,01

10 %

Dourado

-

-

x 0,1

5 %

Veja nas aulas práticas da apostila de laboratório como fazer a leitura dos resistores.

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Resistor aberto

Capacitor em curto

Resistor aberto

Resistor alterado ou capacitor aberto

Capacitor em curto

Resistor aberto

SOM

Resistor aberto.

Capacitor em curto ou resistor aberto

-

Resistor alterado ou capacitor aberto

Capacitor em curto

-

VÍDEO

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo aberto

Diodo em curto

-

COMPUT.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

IMPRESS.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

TELEF.

Chave, diodo aberto

-

-

Diodo aberto

-

-

TRANSISTORES

De todos os semicondutores, certamente os transistores são os mais importantes pela sua gama de utilidades.

Os transistores são dispositivos semicondutores formados por 3 camadas de material semicondutor de tipos alternados, conforme mostra a figura abaixo:

Temos então os transistores do tipo NPN e PNP. Em cada região é ligado um terminal e eles recebem o nome de EMISSOR (E), BASE (B) e COLETOR (C).

Representando isso através de símbolos, temos as duas possibilidades abaixo:

Funcionamento do transistor pode ser analisado facilmente se tomarmos o tipo NPN

pôr base. Para o PNP bastará inverter as polaridades das fontes externas, o que equivale a sentidos opostos para as correntes.

Simbologias dos transistores NPN e PNP




Temos então o esquema 1 com um transistor NPN e duas baterias externas, sendo B1 de tensão baixa e B2 tensão alta.

R1.

R2

O resistor R1 funciona como polarização de Base e o R2 como polarização de Coletor.

Verificamos então o seguinte: Quando variamos R1 de modo que a corrente entre a Base e o Emissor que tem sua junção polarizada diretamente, isso faz com que surja uma corrente entre Coletor e Emissor que aumenta na mesma proporção.

No entanto, a corrente provocada pela circulação Base-Emissor é muito maior, indicando amplificação.

Pequenas variações que provocamos na corrente entre a base e o emissor, farão com que variações maiores da corrente entre Coletor e Emissor ocorram.

O transistor “amplifica corrente” e isso possibilita sua utilização em muitos tipos de circuitos.

Tipos de Transistores

Podemos encontrar diversos tipos de transistores conforme a tecnologia usada na sua fabricação, sua finalidade e a intensidade das correntes com que podem trabalhar.

Uma classificação geral que facilita a compreensão é a seguinte:

a) Transistores de uso geral

São transistores que operam com tensões em torno de 60 ou 80V, correntes de 800 mA a 1 Ampère e amplificam ou geram sinais de baixa freqüências. São usados em circuito de Áudio, Osciladores, etc. A seguir temos o aspecto real destes transistores de pequeno porte e que podem ter invólucros de metal ou plástico.

Estes transistores normalmente são de silício, mas tipos antigos de germânio ainda podem ser encontrados em rádios e outros aparelhos.

Existem diversas nomenclaturas para estes componentes:

Os tipos americanos começam em sua maioria com as letras 2N, mas existem alguns fabricantes que têm siglas próprias como a

Texas que usam em alguns deles a sigla TIS, ou a Motorola que usa MPS ou MPSA.

Para os tipos Europeus temos a sigla AC para os tipos de germânio e a sigla BC para os tipos de silício.

No Japão temos 2SC além de outras siglas que dependem do fabricante.

b) Transistores de potência.

Estes são transistores destinados a operação com corrente elevada e também em alguns casos, tensões elevadas. Como devem dissipar potências altas, aquecendo muito, são dotados de invólucros plásticos ou metálicos que permitem sua montagem num radiador de calor.

FORMAS ESPECIAIS DE TRANSISTORES DE JUNÇÃO

Atualmente o fabricante de transistores tem uma variedade de técnicas e de materiais à sua disposição. Geometrias especiais para manipulação de grandes potências ou operação em radiofreqüências têm sido desenvolvidas e assim a faixa de operação do transistor foi ampliada. Além disso, outros processos e difusão, gravação em mesa e a escolha dos níveis de dopagem permitem que os transistores sejam fabricados com características especiais para satisfazer a requisitos particulares.

Os transistores de potência de germânio foram fabricados durante o início da década de 1950 "aumentando proporcionalmente" os transistores de junção por liga de pequenos sinais. A área das junções foi aumentada, e a pelota do coletor foi ligada ao invólucro para assegurar uma baixa resistência térmica. Tais transistores podiam dissipar 10 W, mas apresentaram uma rápida queda no ganho para correntes acima de 1 A. No final da década de 1950, o emissor de índio era dopado com gálio para aumentar a dopagem do emissor e portanto aprimorar o ganho nas altas correntes. Os aperfeiçoamentos neste tipo de transistor permitem que ele seja usado atualmente com potências de até 30 W.

Os primeiros transistores de potência de silício foram introduzidos no final de 1950, e usaram as técnicas de difusão. As regiões da base e do emissor foram sucessivamente difundidas num lado de uma fatia de silício do tipo n, e a ligação elétrica à base foi feita pela liga dos contatos de retificação através do emissor. Este tipo de transistor apresentou um bom ganho até uma corrente de 5 A. Os refinamentos ao processo de fabricação durante os anos de 1960 levaram ao atual transistor de potência difundido capaz de manipular correntes de até 30 A e potências de até 150 W. Dois processos de fabricação são usados para este tipo de transistor de potência, os processos de difusão simples e de difusão tripla.

O processo hometaxial ou de difusão simples usa uma difusão simultânea sobre os lados opostos de uma pastilha de base homogênea, formando regiões de emissor e de coletor fortemente dopadas. O emissor é gravado em mesa para permitir que a ligação elétrica seja feita com a base. Este tipo de transistor reduz o risco de pontos quentes pelo uso de uma base homogênea, a base larga proporciona boas propriedades de segunda ruptura, e o coletor fortemente dopado proporciona baixa resistência elétrica e térmica.

Os transistores de potência por difusão tripla são fabricados difundindo-se as regiões da base e do emissor num lado de uma bolacha do coletor. A terceira difusão forma um coletor difundido fortemente dopado sobre o outro lado. Este tipo de transistor tem um alto valor de regime de tensão, muitas vezes capaz de suportar tensões de 1 KV ou mais.

O processo epitaxial planar permite que outros aprimoramentos sejam feitos nos transistores de potência. Em altas densidades de corrente, pode ocorrer contração de corrente. Esta é a causa da segunda ruptura. A transição do emissor torna-se mais polarizada diretamente do que o centro, de modo que a corrente concentra-se ao longo da periferia do emissor. É, portanto necessário projetar estruturas de base-emissor que diferem das geometrias anular ou em forma de pera dos transistores de pequeno sinal, e o aumento proporcional não mais pode ser feito. Um emissor com uma longa periferia é necessário. Duas estruturas que têm sido usadas com sucesso são a estrela e a floco de neve, os nomes servindo para descrever a forma do emissor. Estas estruturas não podem ter sido produzidas em transistores práticos sem a técnica planar de difusão através de uma fôrma na camada de óxido.

Estruturas mais complexas de base-emissor podem ser produzidas para combinar a grande área do emissor e a periferia longa requerida para manipulação de alta potência com o restrito espaçamento requerido para operação de alta freqüência. Foram desenvolvidas geometrias para possibilitar aos transistores de potência operar nas radiofreqüências. Uma tal geometria é a estrutura interdigitalizada onde os contatos da base estão inseridos entre os contatos do emissor. Uma outra é a estrutura sobreposta onde uns grandes números de tiras separados do emissor são interligados pela metalização numa região de base comum. Com efeito, uns grandes números de transistores de alta freqüência separados são conectados em paralelo para conduzir uma grande corrente. Os transistores que usam estas estruturas podem operar nas radiofreqüências, com potências típicas de 175 W a 75 MHz e 5 W a 4 GHz.

Uma outra estrutura usada em transistores de potência é a estrutura mexa ou de base epitaxial. Uma camada epitaxial levemente dopada é crescida num coletor fortemente dopado, e uma simples difusão usada para formar o emissor na camada de base epitaxial. A estrutura resultante é gravada em mesa. Os transistores mexa são reforçados e têm baixa resistência de coletor.

Os transistores de potência são usualmente encapsulados em invólucros metálicos possibilitando a montagem num dissipador de calor. Nos últimos anos, no entanto, tem havido certa tendência para os encapsulamentos plásticos. Isto tem diminuído consideravelmente o custo do encapsulamento do transistor sem afetar o desempenho. Uma placa de metal é incorporada no invólucro plástico para garantir um bom contato térmico entre o elemento transistor e um dissipador de calor.

Um transistor de potência usado como transistor de saída num amplificador geralmente requer um transistor pré-amplificador para proporcionar potência de entrada suficiente. Se ambos os transistores forem montados sobre dissipadores de calor, uma considerável quantidade do volume do amplificador ser ocupada por esses dois transistores. Um desenvolvimento recente permite que seja economizado espaço combinando-se os transistores pré-amplificador e de saída na mesma fração de pastilha de silício num encapsulamento. Esta construção é o transistor de potência Darlington, que pode ter um ganho de corrente de até l 000 e saídas de potência de até 150 W.

Figura 8.44 Diagrama de circuito do transistor de potência Darlington

O diagrama de circuito de um transistor Darlington é mostrado na Figura 8.44. Os dois transistores e os resistores de base-emissor são formados numa fração de pastilha por difusões sucessivas usando o processo de base epitaxial. Um díodo também pode ser formado através dos terminais de coletor e de emissor para proteção, se requerida. Os ganhos de corrente dos dois transistores são controlados durante a fabricação, de modo que o ganho global varia linearmente ao longo de uma faixa da corrente de coletor. Esta linearidade de ganho é combinada com espaçamentos menores do que ocorreria com transistores discretos ligados no mesmo circuito. Estas vantagens do transistor Darlington são combinadas com uma desvantagem: o alto valor de VCE(sat).

Os transistores para operação em alta freqüência ou para chaveamento rápido devem Ter espaçamentos estreitos entre o emissor, a base e o coletor. Duas geometrias são geralmente usadas: a base de anel e a base de tira ou fita. A estrutura de base em anel é "reduzida proporcionalmente" a partir da estrutura anular usada para os transistores de baixa freqüência. A estrutura de base em tira, que geralmente é preferida para operação em freqüências mais altas, é mostrada na Figura 8.45. Muitas dessas estruturas podem ser ligadas em paralelo para aumentar a capacidade de transporte de corrente, formando a estrutura interdigitalizada já descrita para os transistores de potência de RF. As capacitâncias internas do transistor, e as capacitâncias espúrias da montagem e do invólucro, devem ser mantidas tão baixas quanto possível para evitar a restrição do limite das freqüências superiores. Um processo de fabricação epitaxial planar deve ser usado para manter baixa a resistência do coletor. O nível da dopagem é escolhido para se adequar à freqüência de operação e à tensão.

Figura 8.45 Estruturo "stripe-base” para transistores de alta freqüência.

Na estrutura de base em tira, duas dimensões são críticas para o limite das freqüências superiores. Estes são a largura da tira do emissor (We na Figura 8.45) e a largura da base Wb. Nos transistores da atualidade que operam até a região de microondas, a largura do emissor pode ser tão baixa quanto 1 Pm e a largura da base 0,1 Pm.

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor em curto

Transistor em curto

SOM

Transistor em curto

Transistor em curto

-

Transistor em curto

Transistor em curto

-

VÍDEO

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor aberto

Transistor aberto

Diodo em curto

-

COMPUT.

Transistor em curto

-

-

-

Transistor em curto

-

IMPRESS.

Transistor em curto

-

-

-

Transistor em curto

-

TELEF.

Transistor em curto

-

-

Transistor em curto

-

-

Veja aulas práticas na internet e acompanhe as dicas de consertos através da sua apostila de laboratório do Básico.

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