terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Tecnologia dos transistores

Tecnologia dos transistores


Tudo sobre relés

Newton C. Braga - Revista Saber Eletrônica


1. COMO FUNCIONAM OS RELÉS

Os relés são dispositivos comutadores eletromecânicos. A estrutura simplificada de um relé é mostrada na figura 1 e a partir dela explicaremos o seu princípio de funcionamento.


Nas proximidades de um eletroimã é instalada uma armadura móvel que tem por finalidade abrir ou fechar um jogo de contatos. Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica é criado um campo magnético que atua sobre a armadura, atraindo-a. Nesta atração ocorre um movimento que ativa os contatos, os quais podem ser abertos, mfechados ou comutados, dependendo de sua posição, conforme mostra a figura 2.


Isso significa que, através de uma corrente de controle aplicada à bobina de um relé, podemos abrir, fechar ou comutar os contatos de uma determinada forma, controlando assim as correntes que circulam por circuitos externos. Quando a corrente deixa de circular pela bobina do relé o campo magnético criado desaparece, e com isso a armadura volta a sua posição inicial pela ação da mola.
Os relés se dizem energizados quando estão sendo percorridos por uma corrente em sua bobina capaz de ativar seus contatos, e se dizem desenergizados quando não há corrente circulando por sua bobina.
A aplicação mais imediata de um relé com contato simples é no controle de um circuito externo ligando ou desligando-o, conforme mostra a figura 3. Observe o símbolo usado para representar este componente.

Quando a chave S1 for ligada, a corrente do gerador E1 pode circular pela bobina do relé, energizando-o. Com isso, os contatos do relé fecham, permitindo que a corrente do gerador E2 circule pela carga, ou seja, o circuito controlado que pode ser uma lâmpada.

Para desligar a carga basta interromper a corrente que circula pela bobina do relé, abrindo para isso S1.

Uma das características do relé é que ele pode ser energizado com correntes muito pequenas em relação à corrente que o circuito controlado exige para funcionar. Isso significa a possibilidade de controlarmos circuitos de altas correntes como motores, lâmpadas e máquinas industriais, diretamente a partir de dispositivos eletrônicos fracos como transistores, circuitos integrados, fotoresistores etc.
A corrente fornecida diretamente por um transistor de pequena potência da ordem de 0,1A não conseguiria controlar uma máquina industrial, um motor ou uma lâmpada, mas pode ativar um relé e através dele controlar a carga de alta potência. (figura 4)


Outra característica importante dos relés é a segurança dada pelo isolamento do circuito de controle em relação ao circuito que está sendo controlado. Não existe contato elétrico entre o circuito da bobina e os circuitos dos contatos do relé, o que significa que não há passagem de qualquer corrente do circuito que ativa o relé para o circuito que ele controla.

Se o circuito controlado for de alta tensão, por exemplo, este isolamento pode ser importante em termos de segurança.


Do mesmo modo, podemos controlar circuitos de características completamente diferentes usando relés: um relé, cuja bobina seja energizada com apenas 6 ou 12V, pode perfeitamente controlar circuitos de tensões mais altas como 110V ou 220V.
O relé que tomamos como exemplo para analisar o funcionamento possui uma bobina e um único contato que abre ou fecha.
Na prática, entretanto, os relés podem ter diversos tipos de construção, muitos contatos e apresentar características próprias sendo indicados para aplicações bem determinadas.
Analisemos como são construídos na prática os relés:

2. OS RELÉS NA PRÁTICA
O que determina a utilização de um relé numa aplicação prática são suas características. O entendimento dessas características é fundamental para a escolha do tipo ideal.
A bobina de um relé é enrolada com um fio esmaltado cuja espessura e número de voltas são determinados pelas condições em que se deseja fazer sua energização.
A intensidade do campo magnético produzido e, portanto, a força com que a armadura é atraída depende tanto da intensidade da corrente que circula pela bobina como do número de voltas que ela contém.
Por outro lado, a espessura do fio e a quantidade de voltas determinam o comprimento do enrolamento, o qual é função tanto da corrente como da tensão que deve ser aplicada ao relé para sua energização, o que no fundo é a resistência do componente. Todos
estes fatores entrelaçados determinam o modo como a bobina de cada tipo de relé é enrolada.
De um modo geral podemos dizer que nos tipos sensíveis, que operam com baixas correntes, são enroladas milhares ou mesmo dezenas de milhares de voltas de fios
esmaltados extremamente finos, alguns até mesmo mais finos que um fio de cabelo! (figura 5).

As armaduras dos relés devem ser construídas com materiais que possam ser atraídos pelos campos magnéticos gerados, ou seja, devem ser de materiais ferromagnéticos e montadas sobre um sistema de articulação que permita sua movimentação fácil, e retorno à posição inicial quando o campo desaparece.
Peças flexíveis de metal, molas ou articulações são alguns dos recursos que são usados na montagem das armaduras.

A corrente máxima que os relés podem controlar depende da maneira como são construídos os contatos. Além disso existe o problema do faiscamento que ocorre
durante a abertura e fechamento dos contatos de relé, principalmente no controle de determinado tipo de carga (indutivas).

O material usado deve então ser resistente, apresentar boa capacidade de condução de corrente e, além disso, ter um formato próprio, dependendo da aplicação a que se destina o relé.
Dentre os materiais usados para a fabricação dos contatos podemos citar o cobre, a prata e o tungstênio. A prata evita a ação de queima provocada pelas faíscas, enquanto os contatos de tungstênio evitam a oxidação.
O número de contatos e sua disposição vai depender das aplicações a que se destinam os relés.
Temos então diversas possibilidades:

2.1 Contatos NA ou Normalmente Abertos
Os relés são dotados de contatos do tipo normalmente abertos, quando estes permanecem desligados até o momento em que o relé seja energizado. Quandoo relé é energizado, os contatos fecham, e com isso pode circular corrente pelo circuito externo. Podemos ter relés com um ou mais contatos do tipo NA, conforme mostra a figura 6.


Usamos relés com contatos do tipo NA quando queremos ligar uma carga externa ao fazer uma corrente percorrer a bobina do relé, ou seja, quando o energizarmos.


2.2 Contatos NF ou Normalmente Fechados

Estes relés apresentam um ou mais contatos que estão fechados, permitindo a circulação pela carga externa, quando a bobina estiver desenergizada. Quando a bobina é percorrida por uma corrente, o relé abre seus contatos, interrompendo a circulação de corrente pela carga externa. (figura 7)


Usamos este tipo de relé para desligar uma carga externa ao fazer uma corrente percorrer a bobina do relé.

2.3 Contatos NA e NF ou Reversíveis
Os relés podem também ter contatos que permitem a utilização simultânea dos contatos NA e NF ou de modo reversível, conforme mostra a figura 8.


Quando o relé está com a bobina desenergizada, o contato móvel C faz conexão com o contato fixo NF, mantendo fechado este circuito.
Energizando a bobina do relé o contato C (comum) passa a encostar no contato NA, fechando então o circuito.

Podemos usar este tipo de relé para comutar duas cargas, conforme sugere a figura 9.



A energia da fonte E passa então do circuito de carga 1 para o circuito de carga 2.
O número de contatos NA e NF de um relé pode variar bastante, o que garante uma enorme versatilidade para este componente.
Assim, jogando com os dois contatos reversíveis, podemos fazer inversões do sentido de circulação da corrente.
Os relés podem ainda ter bobinas para operar tanto com corrente contínua como com corrente alternada.
No caso de corrente contínua, a constância do campo garante um fechamento firme, sem problemas.


No entanto, no caso do acionamento por corrente alternada, a inversão do sentido da corrente numa determinada freqüência faz com que o campo magnético apareça e desapareça dezenas de vezes por segundo, o que leva aarmadura e os contatos a uma tendência de vibração.

Para evitar este problema técnicas especiais de construção são usadas, sendo que a mais eficiente consiste na colocação numa das metades do núcleo da bobina de um anel de cobre. Neste anel é então induzida uma forte corrente que cria um segundo campo magnético, o qual divide o campo principal em dois fluxos defasados. Assim, não existe um instante em que o campo seja nulo, quando a armadura pode "descolar", e com isso causar as vibrações.
Por este motivo, os relés usados em corrente contínua não são os mesmos empregados em circuitos de corrente alternada.

2.5 Reles abertos, fechados e selados
Dependendo das aplicações, temos ainda para os relés montagens diferentes do conjunto de peças que o formam. Os relés podem ser abertos, ou seja, sem proteção, se forem usados em equipamentos fechados, que não estejam sujeitos a poeira, umidade ou outros elementos que prejudiquem o componente.
Temos também relés fechados mas sem vedação alguma que são utilizados na maioria das aplicações comuns. Estes relés possuem coberturas de materiais diversos, como por exemplo o plástico que pode ser opaco ou transparente.
Existem ainda os relés herméticos que são encerrados em invólucros que impedem a penetração de ar do meio ambiente.
Em especial estes relés são empregados em aplicações que ficam em atmosferas combustíveis, já que o acionamento dos contatos pode ser acompanhado de faíscas que causariam a ignição do combustível e com isso o perigo de explosão.



A METALTEX possui na sua linha de produtos relés os três tipos com as mais diversas especificações adicionais.


Esta proteção evita que a poeira se acumule principalmente nos contatos, vindo a prejudicar o funcionamento do relé. (figura 10)

2.6 Ligação dos relés ao circuito externo
Outro fato importante na construção de um relé é a maneira como ele vai ser ligado ao circuito externo. Para esta finalidade, os relés são dotados de terminais.O tipo mais simples possui, então, 4 terminais sendo 2 para a conexão à bobina e 2 para os próprios contatos. (figura 11)

O número de terminais aumentará na proporção em que aumenta o número de contatos e estes podem ter as mais diversas aparências.

Em aplicações profissionais, onde a eventual substituição rápida de um relé deve ser feita com presteza, são usados encaixes em bases fixas. São os relés de encaixe ou plug-in.Temos ainda relés que comutam sinais de altas freqüências, e que utilizam conectores para os contatos do tipo coaxial. Este tipo de configuração é necessário para que não ocorram perdas na transferência das correntes que o relé deve comutar em seus contatos.

3. REED RELÉS
Reed-switches são interruptores hermeticamente encerrados em ampolas de vidro, conforme mostra a figura 13.






Duas lâminas no interior de uma ampola podem ser movidas pela ação de um campo magnético. Uma das maneiras de fazer um reed-switch fechar os contatos, encostando uma lâmina na outra, é através do campo magnético de um imã.

A outra maneira é colocar este elemento no interior de uma bobina, dando origem assim ao componente denominado reed-relé. (figura 14)

A flexibilidade da lâmina usada permite que campos magnéticos muito fracos consigam atuar sobre elas fechando os contatos, o que dá origem a relés extremamente sensíveis e compactos. No entanto, estas mesmas lâminas não suportam correntes elevadas, o que significa que, se obtemos um relé muito sensível, ele não pode operar com correntes elevadas nem tensões muito altas.

Existem aplicações em que a miniaturização do reed-relé e a sua sensibilidade tornam este componente ideal.A METALTEX possui na sua linha de relés os tipos relés reed da série RD, que podem ser montados diretamente em placa de circuito impresso.



4. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS RELÉS
Como acionar um relé? Que tipo de circuitos externos podem ser controlados por um relé?
Na utilização de qualquer tipo de relé num projeto é fundamental ter respostas para as duas perguntas acima, e em alguns casos para outras.Nos manuais de fabricantes de relés, como os da METALTEX, encontramos informações que permitem a avaliação do que um relé pode fazer e como deve ser usado. No entanto, é preciso saber interpretar estas informações, para que não aconteçam surpresas desagradáveis num projeto. Iniciaremos então nossas explicações pelas características elétricas dos relés.

4.1 Características da bobina
Para que o relé seja energizado corretamente e os contatos atuem, é preciso que uma corrente de intensidade mínima determinada circule pela sua bobina. Devemos então aplicar uma tensão de determinado valor, que em função da resistência do enrolamento vai permitir que a corrente mínima determinada seja estabelecida.Na prática os relés são especificados em termos da corrente que deve passar pelo enrolamento para uma determinada tensão que é a tensão de funcionamento. Na verdade é preciso levar em conta que, para fechar o relé, precisamos de uma certa intensidade de campo magnético que puxe a armadura para perto da bobina com certa força, mas uma vez que a armadura se aproxima, o campo já não precisa ser tão forte para mantê-la junto à bobina, e com isso o relé fechado.Devemos então distinguir a tensão que aciona o relé da tensão que o mantém fechado que é muito menor.
A corrente que aciona o relé é denominada corrente de acionamento, enquanto que a corrente que o mantém fechado (muito menor) é a corrente de manutenção.Fixando a tensão que deve disparar um relé de corrente contínua, a corrente que vai circular por sua bobina é função da resistência do enrolamento, o que pode ser calculado facilmente pela lei de Ohm.Assim, se um relé for especificado para uma tensão nominal de 24 volts, quando então circula uma corrente de 20 mA (0,02 A), podemos calcular a resistência com uma simples divisão:

R = V/IR = 24/0,02R = 1200 ohms
As características da bobina do relé de corrente contínua (resistência, corrente e tensão) ficam então perfeitamente definidas quando temos duas das três grandezas acima citadas:Se tivermos a tensão (V) e a corrente (I), calculamos a resistência (R) pela fórmula:
R = V/I
Se tivermos a tensão (V) e a resistência (R), calculamos a corrente pela fórmula:
I = V/R
Finalmente, se tivermos a corrente (I) e a resistência (R), calculamos a tensão (V) pela fórmula:
V = R x I
Veja que estas tensões são "valores nominais", ou seja, aqueles que são recomendados numa operação normal. Na prática o relé pode fechar seus contatos com tensões menores, mas este fator deve, ser levado em conta quando se desejar máxima confiabilidade do componente.Os valores superiores também são admitidos, apenas até certo limite. Se a aplicação de uma tensão num circuito que tenha uma certa resistência, como a bobina de um relé, significa a produção de calor, temos aí um motivo claro da limitação. As bobinas podem dissipar apenas uma quantidade definida de calor, que não deve ser superada. Os fabricantes de relés indicam então qual é a porcentagem acima da tensão nominal que pode ser aplicada no máximo na bobina de um relé sem o perigo de haver aquecimento. Valores típicos estão entre 10 e 15% acima da tensão nominal.Resumindo: as características elétricas da bobina de um relé, que devem ser levadas em conta num projeto, são:
Tensão nominal, tensão de operação e tensão máxima de trabalho
Corrente nominal
Resistência ôhmica
Potência nominal dissipada

4.2 Características dos contatos
Além do número de contatos e o tipo, devemos também conhecer características elétricas desses contatos, para utilizá-los sem problemas em qualquer projeto. A primeira característica que nos interessa é a corrente máxima que podem controlar. A abertura e fechamento dos contatos de um relé exige um certo tempo, o que significa que nos pontos de aproximação máxima podem ocorrer arcos, ou seja, pequenas faíscas quetendem a queimá-los com o tempo.Estas faíscas são mais intensas quando se comuta um circuito indutivo como por exemplo um transformador, um motor, um solenóide etc.
A superfície dos contatos determina, por outro lado, a intensidade máxima da corrente que pode ser controlada. Estes dois fatores devem ser levados em conta na utilização de um relé. Assim, temos a especificação da corrente máxima que cada contato pode controlar tanto em circuitos resistivos como indutivos. Evidentemente, a corrente máxima num circuito resistivo é sempre maior que a permitida para um circuito indutivo.Alguns recursos permitem a proteção dos contatos com o prolongamento de sua vida útil,na comutação e controle de cargas indutivas "amortecendo" as faíscas, mas isso será visto posteriormente.
A vida útil de um relé está basicamente determinada pela durabilidade dos contatos, e como o desgaste ocorre nos momentos em que ocorrem as comutações, esta característica é dada em termos de abertura e fechamento do relé em milhares ou mesmo milhões de vezes.Temos ainda como especificação importante a tensão máxima que os circuitos do contato podem admitir. Esta característica é importante levando-se em conta a possibilidade de ocorrer faiscamentos ou mesmo fugas entre os contatos dado o seu afastamento na posição em aberto, se a tensão máxima for superada.Valores típicos estão na faixa dos 150 aos 250V.Como a potência controlada no circuito de carga é dada pelo produto da corrente pela tensão, em alguns casos especifica-se a potência máxima também.
Existem casos em que não se recomenda que a corrente máxima especificada para os contatos seja aplicada também com a tensão máxima. Limita-se assim a potência.



Uma outra especificação importante em certas aplicações é o tempo que o relé demora para fechar seus contatos. Existe então um intervalo de tempo mínimo indicado pelo fabricante que decorre entre a aplicação da tensão na bobina e o pleno fechamento dos contatos. Este valor varia de tipo para tipo e é dado tipicamente em milisegundos (ms).Veja então que os dois tempos devem ser levados em conta quando se deseja que o relé opere em ciclos rápidos.

Do mesmo modo, existe um tempo determinado para o desaparecimento do campo magnético na bobina a partir do instante em que a corrente é interrompida. As linhas de forças do campo magnético se contraem em velocidade limitada pela indutância da bobina, e isso influi diretamente no tempo em que os contatos demoram para abrir. (figura 15) Os fabricantes especificam também o tempo de abertura do relé em milisegundos.

Uma outra especificação importante em certas aplicações é o tempo que o relé demora para fechar seus contatos. Existe então um intervalo de tempo mínimo indicado pelo fabricante que decorre entre a aplicação da tensão na bobina e o pleno fechamento dos contatos. Este valor varia de tipo para tipo e é dado tipicamente em milisegundos (ms).Veja então que os dois tempos devem ser levados em conta quando se deseja que o relé opere em ciclos rápidos.

Estes tempos determinam a máxima freqüência que o relé pode responder. É claro que não se recomenda a utilização deste tipo de componente em aplicações que exijam a repetição de muitos ciclos de operação rapidamente, pois existe uma limitação para a vida útil dos contatos. Esta vida útil é indicada em termos de quantidade de operações, ficando tipicamente entre 250 mil e 30 milhões, conforme a corrente controlada. Finalmente devemos levar em conta a resistência dos contatos que pode ser expressa de diversas formas.Uma das maneiras consiste em se indicar a resistência de contato inicial, que é a resistência de um contato que ainda não comutou carga e, portanto, ainda não sofreu desgaste pelo faiscamento. Esta resistência é expressa em milésimos de ohm (mohms) situando-se tipicamente entre 10 e 100.Além destas especificações todas existem outras que eventualmente podem ser necessárias nas aplicações mais críticas. Dentre elas podemos citar o isolamento entre a bobina e os contatos, a capacitância entre os contatos quando eles estão abertos, já que nestas condições podemos considerá-los como as placas de um capacitor.Temos ainda o peso do componente, a vibração, a rigidez dielétrica entre bobina e contatos e entre os contatos etc.

5. COMO USAR UM RELÉ
Alguns pequenos cuidados no projeto de circuitos com relês podem ser importantes, tanto no sentido de se obter maior durabilidade para o componente, como de proteger os próprios componentes do circuito de acionamento. Analisemos os principais casos:

5.1 Proteção do circuito de acionamento
No momento em que um relé é desenergizado, as linhas de força do campo magnético da bobina, que se encontram em seu estado de expansão máxima, começam a se contrair. Nesta contração, as espiras da bobina do próprio relé são cortadas, havendo então a indução de uma tensão. Esta tensão tem polaridade oposta àquela que criou o campo e pode atingir valores muito altos.
O valor desta tensão depende da velocidade de contração do campo (di/dt) e da indutância da bobina (L). Se o componente que faz o acionamento do relé não estiver dimensionado para suportar esta tensão, se não houver uma proteção adequada, sua queima será inevitável. (figura 16)



Do mesmo modo, existe um tempo determinado para o desaparecimento do campo magnético na bobina a partir do instante em que a corrente é interrompida. As linhas de forças do campo magnético se contraem em velocidade limitada pela indutância da bobina, e isso influi diretamente no tempo em que os contatos demoram para abrir. (figura 15) Os fabricantes especificam também o tempo de abertura do relé em milisegundos.

Diversas são as técnicas empregadas para eliminar este problema, sendo a mais conhecida a que faz uso de um diodo, conforme mostra a figura 17.

O que ocorre neste caso é que o diodo está polarizado inversamente em relação a tensão que dispara o relé. Assim, quando ocorre a indução de uma alta tensão nos extremos da bobina no momento da interrupção da corrente, o diodo polarizado no sentido direto passa a ter uma baixa resistência absorvendo assim a energia que, de outra forma, poderia afetar o componente de disparo.
Outra técnica, menos comum dado o custo do componente, é a que faz uso de um varistor ligado em paralelo com a bobina do relé, conforme mostra a figura 18.

O varistor ou VDR é um componente, normalmente de óxido de zinco que apresenta uma característica não linear de corrente versus tensão, conforme mostra a curva da mesma figura. Quando a tensão supera certo valor a resistência do componente cai abruptamente.
Esta propriedade pode ser usada para absorver a corrente no instante em que o relé é desenergizado e que poderia causar problemas aos componentes de disparo.
A tensão do VDR ou Varistor deve ser escolhida de tal modo a ser maior que a tensão de disparo do relé, porém menor que a tensão máxima suportada pelo elemento usado no disparo.

A utilização de um capacitor + resistor em paralelo com a bobina é também um meio de proteção, mas que nem sempre é recomendado, dada a velocidade com que ocorre a comutação.



5.2 Proteção dos contatos
Além da observação das limitações de corrente e tensão que devem aparecer nos contatos de um relé, existem alguns cuidados adicionais que podem prolongar sua vida e, com isso, a vida do próprio relé.
Na comutação de cargas indutivas é conveniente agregar-se ao circuito elementos de proteção contra faiscamento.

Na figura 19 temos um diodo usado em paralelo com a carga indutiva de modo que seja evitado o aparecimento de altas tensões nos contatos na sua abertura. Estas elevadas tensões poderiam causar faiscamento excessivo e com isso a queima dos contatos.
Outro recurso consiste no emprego do varistor e até mesmo de capacitores e resistores.
Os capacitores e resistores são indicados para os circuitos de corrente alternada, onde o diodo não pode ser empregado.

Na tabela abaixo temos algumas sugestões de circuitos para proteção dos contatos em cargas com tensões alternadas ou contínuas.

CIRCUITO APLICAÇÃO
CA CC
TIPO DE CARGA OBSERVAÇÕES











Circuito RC

*

SIM

Se a carga for um relé ou solenóide o tempo de abertura aumenta.
Mais eficaz quando conectado entre ambos os contatos e a tensão da fonte for 24V ou 48V e a tensão da carga de 100 a 200V.

* Se este circuito for usado em tensão CA certifique-se que a impedância da carga seja menor que a impedância do circuito RC.
Os valores de R e C podem ser selecionados da seguinte forma:
R- 0,5 a 1W por 1V da tensão de contato.
C- 0,5 a 1mF por 1A da corrente que passa pelo contato.
Os valores acima podem variar dependendo das propriedades da carga e variações das características do relé.
O capacitor deve ter tensão de ruptura de 200V a 300V.
Para circuitos em CA os capacitores devem ser não-polarizados.

SIM

SIM

Diodo

NÃO

SIM

O diodo conectado em paralelo com a carga faz com que a energia acumulada na bobina flua em forma de corrente e a dissipe em forma de calor devido a resistência da carga indutiva.
Este circuito aumenta o tempo de desoperação se comparado com o RC.
Use um diodo com tensão reversa mínima de 10 vezes a tensão do circuito e com corrente direta maior que a corrente da carga. Em circuitos eletrônicos quando a tensão não é muito alta a tensão reversa do diodo pode ser de 2 a 3 vezes a tensão de alimentação.

Diodo e Diodo Zener

NÃO SIM É eficaz quando o tempo de não condução do diodo é muito longo. Use um diodo zener com tensão similar a da tensão da fonte.

Varistor

SIM SIM Usando a característica de tensão estável do componente, este circuito previne picos de tensão vindos da comutação dos contatos. Este circuito também aumenta o tempo de desoperação dos contatos. Mais eficaz quando conectado em ambos contatos e a tensão da fonte for 24V ou 48V e a tensão da carga de 100 a 200V.


6. CIRCUITOS PRÁTICOS - DRIVERS
Chamamos de drivers os circuitos que permitem excitar relés a partir de correntes ou tensões fracas demais para fazerem isso diretamente. Estes circuitos podem ser usados para aumentar a sensibilidade de um relé, permitir a operação de relés de corrente contínua a partir de sinais alternantes, modificar o tempo de resposta, ou simplesmente responder a faixas determinadas de tensões.



6.1. Driver de 1 transistor
Este circuito permite a multiplicação por 100 da sensibilidade de um relé em termos de corrente (fig. 20).

O que temos é um seguidor de emissor, onde os valores dos resistores empregados dependem das características do relé e do transistor. Este circuito pode operar com relés tanto de 6 como de 12V para correntes de acionamento de até 100 mA. A resistência R2 deve ser 100 vezes a resistência da bobina do relé para um ganho de 50 vezes.

R1 funciona como limitador da corrente de entrada. A resistência da entrada deste circuito ficará multiplicada pelo ganho. Assim, se o relé tem uma resistência de 100 ohms em um acionamento com 6V, com este circuito, ele passará a representar uma resistência de 5 000 ohms.
Podemos usar qualquer transistor de silício de uso geral com o ganho superior a 50 e corrente de coletor máxima de 100 mA ou mais. Tipos recomendados são os BC547 e equivalentes.
Observe a utilização de um diodo de proteção em paralelo como relé. A capacidade de corrente do circuito controlado vai depender das características de contato do relé empregado.

6.2. Driver de 1 transistor PNP

As características do circuito dado a seguir são as mesmas do anterior, com a diferença que usamos um transistor PNP. Temos então uma mudança de todas as polaridades. (figura 21)
Como exemplos de transistores que podem ser usados nesta aplicação temos os seguintes: BC557, BC558, 8C559, BC177.


6.3. Driver para C.A.
Os dois circuitos anteriores podem ser usados para excitar relés a partir de sinais de correntes alternadas áudio ou RF) com a utilização de uma ponte de diodos.
Esta ponte também permite que sinais de qualquer polaridade seja usados no disparo do relé. (figura 22)

O capacitor é usado no caso de sinais de áudio ou RF, enquanto que para simples disparo com inversão de polaridade ele pode ser eliminado.
O ganho também depende das características do transistor, podendo ser fixado tipicamente em 50 vezes através de R2. Podemos empregar este circuito com relés de 6 a 12V. Para tensões maiores, o transistor deve ser trocado por equivalente com tensão máxima entre coletor e emissor de pelo menos 50V.

6.4. Driver de alto ganho com 2 transistores NPN
O circuito apresentado a seguir tem uma sensibilidade maior ainda. Com ele podemos multiplicar por 500 a sensibilidade de um relé com tensões de trabalho de 6 a 12V ou mais. (figura 23).

Os valores dos componentes dependem das características do relé. Assim, o resistor R2 deve ser 100 vezes maior que a resistência do relé empregado, enquanto que R3 deve ter 100 vezes a resistência de R2.
Para um relé como o ML2RC1 de 65 ohms de bobina, R2 pode ser de 6k8, enquanto que R3 será de 680k.

Os transistores serão ambos 8C548 ou equivalentes, e o diodo de proteção pode ser o 1N4148 ou equivalente.
A corrente de acionamento do relé neste caso passará a ser de apenas 184 uA.



6.5. Driver de alto ganho com transistores PNP
O mesmo circuito anterior, na versão com transistores PNP, é mostrado na figura 24.

Os resistores são calculados de modo análogo ao caso anterior, e a sensibilidade será multiplicada por 500. Lembramos que para estes circuitos será interessante que a tensão de alimentação seja pelo menos 2V maior que a tensão de acionamento do relé, para compensar as quedas nos transistores.

A tensão de ativação dos relés nestas aplicações também fica reduzida sensivelmente: com 0,7.V aproximadamente conseguimos excitar o circuito.

6.6. Driver de alto ganho para CA
Para a ativação de um relé com ganho de sensibilidade da ordem de 500 vezes, mas com sinais alternantes ou sem polaridade definida (duas polaridades temos o circuito da fig.25


A ponte retificadora de entrada se encarrega de aplicar a polaridade certa nos transistores e, com isso, a ativação. Os valores dos resistores são calculados da mesma forma que nos circuitos 4 e 5, já que temos a mesma configuração básica.

O capacitor será necessário se o circuito tiver de ser acionado com sinais de áudio ou mesmo RF.
Lembramos que existe uma barreira de potencial da ordem de 0,7 V nos diodos de silício e da ordem de 0,2 V nos de germânio a ser vencida para haver a polarização dos diodos. Como temos dois diodos neste circuito, para os tipos de silício o sinal de ativação deve ter uma amplitude mínima da ordem de 1,4 V, e para os tipos de germânio u1-1ia amplitude mínima de 0,4 V. Para tensões maiores de alimentação os transistores devem ser trocados por tipos de maior VCE.
Lembramos também que neste circuito existe uma pequena queda de tensão no circuito de acionamento que deve ser compensada por maior alimentação em relação ao mínimo requerido para o disparo do relé.

6.7. Driver Darlington
A configuração mostrada na figura 26 utiliza dois transistores NPN de uso geral na configuração Darlington, com carga de coletor.


O ganho será dado aproximadamente pelo produto dos ganhos dos transistores, o que significa uma excelente sensibilidade.
Temos também como recurso importante para este circuito um ajuste de pré- polarização que leva o relé ao limiar do disparo, isso feito num potenciômetro de 1M.

Com isso, a sensibilidade obtida é enorme, devendo o circuito ser disparado com tensões contínuas.
Podemos empregar este circuito com relés de 6 ou 12V. Levando em conta a pequena queda de tensão que ocorre no transistor Q2 e no resistor R3 será conveniente que a tensão de alimentação seja 1 a 3V maior que a tensão necessária ao disparo do relé.
A resistência de entrada deste driver é da ordem de mega ohms, podendo o mesmo ser disparado com baixíssimas correntes. Uma ponte de diodos na entrada permite sua atuação com sinais alternantes ou sem polaridade definida. O capacitor C1 influi no
retardo ao disparo e também na filtragem de eventuais transientes que possam causar um disparo errático do relé.

6.8. Driver complementar 700mV x 50mA
O driver apresentado permite o disparo de um relé de 6 a 12V com uma corrente de apenas 50 uA e tensão de 700 mV. São usados dois transistores, um PNP e um NPN. O relé pode ser de qualquer tipo com corrente até 100 mA e tensão da mesma ordem do que a usada na alimentação. (figura 27)


O resistor R1 serve de limitador de corrente, e R2 determina a polarização em repouso de Q1. Com a condução de Q1, o transistor Q2 é polarizado na saturação, energizando assim a bobina do relé.
Para tensões maiores do que 15V alterações nos valores dos componentes devem ser feitas e Q2 trocado por um equivalente de maior VCE.
Uma ponte de diodos na entrada permite a ativação com sinais sem polaridade ou alternantes.



6.9. Driver complementar inverso
Na figura 28 temos o circuito equivalente ao anterior, mas com polaridade inversa.


As características obtidas são as mesmas, exceto pela polaridade do sinal de disparo. Enquanto o primeiro é disparado por uma tensão positiva de 700 mV este é disparado por tensões negativas.
As características obtidas são as mesmas, exceto pela polaridade do sinal de disparo. Enquanto o primeiro é disparado por uma tensão positiva de 700 mV este é disparado por tensões negativas.



6.10. Driver com operacional
Amplificadores operacionais como o 741 podem ser usados para excitar relés conforme o circuito mostrado na figura 29.


Para acionamento com sinais positivos damos o circuito da figura 30.


Neste circuito é feita a troca do transistor NPN por um PNP equivalente, e as relações entre os demais componentes são mantidas

6.11. Driver de potência
Este circuito, com um ganho de aproximadamente 40 vezes (corrente), permite o acionamento de relés com correntes de bobina de até 500 mA e tensões até 24V. (figura 31)
A versão com transistor PNP é mostrada na figura 32.

O transistor deverá ser montado em radiador de calor e o diodo é de uso geral como o 1N4148.
A tensão de disparo deve estar em torno de 0,7 V. O resistor de 470 ohms eventualmente deve ser aumentado em função da intensidade do sinal para limitação da corrente de base no transistor.

6.12. Driver com SCR
O circuito mostrado na figura 33 faz o disparo de um relé através de um SCR apresentando enorme sensibilidade. Os SCR da série 106 podem ser disparados com tensões entre 0,7 e 1V tipicamente e correntes da ordem de 200uA.

Deve ser observado que o SCR, após o disparo, não desliga, a não ser que a tensão entre seu ânodo e cátodo seja momentaneamente reduzida a zero. Isso pode ser conseguido com um interruptor de pressão ligado entre o ânodo e o cátodo ou então pela interrupção momentânea da corrente da fonte.

O SCR também provoca uma queda de tensão da ordem de 2V que deve ser compensada na fonte, para que o relé dispare convenientemente.
Podemos ativar relés de corrente de até mais de 1A com tensões até 48V. Para correntes acima de 500 mA será conveniente dotar o SCR de um radiador de calor.
O disparo é feito com pulsos de tensão positiva ou tensões contínuas positivas.

6.13. Driver biestável com SCR
O circuito apresentado na figura 34 é um biestável com SCR que dispara um relé.
Estando inicialmente SCR1 em condução e SCR2 em não condução, um pulso de entrada inverte esta situação, ativando o relé. Para desativá-lo bastará aplicar novo pulso.
O capacitor de 10uF de realimentação é obtido pela associação de dois eletrolíticos de 22uF em oposição. O resistor R deve ser dimensionado para que, na tensão de alimentação do circuito, tenhamos no disparo do SCR uma corrente maior que a de manutenção (Ih). Um valor típico para a corrente neste circuito é de 100mA.
Para relés que exijam correntes maiores, será conveniente dotar o SCR de um radiador de calor.


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O QUE É


Diodo emissor de luz (LED)

Todo mundo conhece os diodos emissores de luz (LED) por causa do seu uso como luzes de indicação e nos display numéricos em dispositivos de eletrônica. O processo de produção foi melhorado e agora conta com novos materiais do diodo emissor de luz. Produziram LED's com luz mais brilhantes, nas cores de todo o espectro visível, incluindo a luz branca, com a vantagem de serem mais eficientes que as lâmpadas incandescentes. Estes LED's mais brilhantes,mais eficientes e mais coloridos movem a tecnologia do diodo emissor de luz em uma larga escala com aplicações na iluminação.

Já é uma fonte de luz principal para os sinais de saída e está tornando-se uma fonte popular para os sinais de tráfego. Os led's aparecem também em aplicações de exposição, transporte e em decoraões, com uma grande oportunidade de expansão. Menores, leves, duráveis, e com grande durabilidade, os leds tem o potencial em longo prazo para ser a fonte de luz, da escolha em muitas aplicações, da luz de freio do carro a iluminação de delicadas cirurgias.

O que são LEDs e como eles funcionam?

Os diodos emissores de luz são dispositivos de um semicondutor no estado sólido que convertem a energia elétrica diretamente na luz. No LED, a geração "fria" da luz conduz em uma elevada eficiência, porque a maioria da energia emitida está no espectro visível. As lâmpadas comuns incandescentes, e a pouca extensão fluorescente, emite muita energia no espectro não-visível, gerando muito calor assim como a luz.
A luz é gerada dentro do chip, um material de cristal sólido, quando a corrente flui através da junão dos materiais diferentes. O chip gerador de luz é completamente pequeno, tipicamente de 0,25 milímetros quadrado. O plástico encapsulado e a estrutura da ligação ocupam a maior parte do volume. Atualmente os leds mais comuns usados é o de 5 milímetros (ou T1-3/4).

Light Emitting Diode


Manufaturar diodos emissores de luz envolve um processo conhecido como epitaxy em que as camadas cristalinas de materiais diferentes do semicondutor são formadas em cima de um do outro. Os avanços nos processos epitaxial do crescimento de cristal permitiram o uso de materiais do LED para as cores que previamente não podiam ser feitas com pureza alta o suficiente e precisão estrutural. A técnica da deposição de vapor químico dos precursores orgânicos do metal permite a produção do custo efetivo dos nitridos dos metais do grupo-III da tabela periódica. Incluindo os nitridos de alumínio do índio do gálio. Os diodos emissores de luz azuis altamente eficientes de nitrogênio de gálio de índio (InGaN) resultam deste processo.

Os LEDs emitem a energia em faixas estreitas do comprimento de onda do espectro eletromagnético. A composição dos materiais no chip do semicondutor determina o comprimento de onda e conseqüentemente a cor da luz. Uma chip do fosfato de índio de alumínio de gálio (AlGaInP) produz a luz no vermelho à escala ambarina, quando os diodos emissores de luz de InGaN produzirem a luz azul, verde, e branca.
CorComprimento de onda (λ)CorComprimento de onda (λ)
Violeta400~430 λAmbarino590~595 λ
Azul430~480 λLaranja600~615 λ
Verde490~530 λAlaranjado620~640 λ
Amarelo550~580 λVermelho645~700 λ

Tabela de Cores

Os primeiros diodos emissores de luz brilhantes bastante para usar em aplicaões ao ar livre eram arsênios de gálio de alumínio (AlGaAs). Estes LEDs vermelhos apareceram como a grande solução na montagem da iluminação dos painéis nos automóveis e em um número limitado de luzes de tráfego. O mercado do sinal da saída dos E. U. foi substituído hoje quase que completamente das lâmpadas incandescentes por LEDs. Um exame 1998 do centro de pesquisa de iluminação de representantes de vendas do sinal da saída encontrou que aproximadamente 80% dos sinais de saída que estção sendo vendidos nos estados unidos usam diodos emissores de luz como a fonte clara preliminar. (Na Europa, os sinais da saída são verdes, que dificultou muito mais a substituição, devido aos preços mais elevados e ao desenvolvimento mais recente de diodos emissores de luz ultra brilhantes do verde).

As transformações similares ocorreram nas luzes de segurança na zona de trabalho das estradas usadas nos E. U. e em alguns outros países, e em sinais variáveis da mensagem quando os LEDs de AlGaInP se tornaram disponíveis. Os diodos emissores de luz de AlGaInP e de InGaN sucederam AlGaAs como os LEDs mais brilhantes disponível.

Construção:

Os diodos emissores de luz (LED) consistem tipicamente em quatro componentes: uma ponte da ligação, dados, e uma ligação fina do fio, todo encapsulado em um corpo de epoxy. A luz emitida por LED é considerada monocromática, ou tendo somente uma cor.

Os LEDs são oferecidos em cinco cores: vermelho, verde, amarelo, azul e branco, embora as variaões destas cores básicas estejam disponíveis. A luz emitida por um diodo emissor de luz está sempre em uma única cor ou comprimento de onda.

Ao selecionar um diodo emissor de luz, as seguintes áreas chaves devem ser consideradas:

  1. Tipo e tamanho do pacote
  2. Cor requerida
  3. Intensidade requerida
  4. Ângulo da visão
  5. tensão de operação e corrente.

Módulo 1

Módulo 1

Nosso curso é dividido em sete módulos

Módudo 1

Introdução

O curso de eletrônica que oferecemos é dividido em aulas teóricas e práticas. Através do nosso site você assiste às aulas práticas e através de e-mails você tiras todas as dúvidas.

O que oferecemos nos módulos é tudo direcionado para a prática, ou seja, assuntos que lhe servirão na bancada de sua oficina. Visite sempre nosso site nele você encontrará novidades e aulas que são publicadas semanalmente.

Aqui não vamos entrar em cálculos e teoria que aprofunda em projetos de engenharia, que sem dúvida sairia do nosso contexto oferecido a você.

As especialidades do curso que oferecemos são as seguintes:

Eletrônica Básica, Som, Telefonia, TV, Monitor de vídeo para computador, computador, Impressoras, Vídeo cassete, Forno microondas, estas especialidades você recebe em módulos, como este primeiro que está em suas mãos.


Módulo 1

Os principais componentes da entrada de corrente elétrica em uma fonte de alimentação de um equipamento eletrônico são:

  • Chave liga-desliga.
  • Fusível.
  • Transformador.
  • Diodos retificadores.
  • Capacitor de cerâmica, poliéster, plate, Styroflex.
  • Filtro (capacitor eletrolítico).
  • Resistores.
  • transistores

FUSÍVEL

A função do fusível no circuito é protegê-lo de sobrecargas; ao romper-se por excesso de sobrecarga, impede a passagem de tensão no circuito protegendo-o de maiores danos.

Normalmente vem impressa na parte metálica que compõe seu invólucro, a capacidade em ampère suportada pelo mesmo, como por exemplo: 1,5 A, 2,5 A e etc.

Símbolos




Aspecto real do fusível junto a um suporte

CHAVE liga desliga

Tem como função no circuito bloquear ou permitir a passagem de tensão no momento de seu acionamento, desligando ou ligando respectivamente a chave.

Vem impresso em seu corpo o valor de tensão e corrente suportada, como por exemplo: 220V / 30A, 110V / 25 A, etc.

Em algumas chaves não se encontra o valor impresso, mas com o seu emprego sabe-se o seu valor. Abaixo temos um exemplo de chave liga -desliga e seu símbolo.

Transformador

Os transformadores são constituídos de duas bobinas enroladas em um único núcleo de ferrite ou ferro laminados. São usados para baixar ou elevar tensões e combinar as características do circuito, como o próprio nome sugere “transforma” essas tensões. Por necessitarem de variações de corrente no seu enrolamento primário (bobina onde é aplicada a tensão de entrada), os transformadores não admitem o uso em... Circuitos de corrente contínua. Assim, em aparelhos onde se torna necessário o uso de transformadores, estes são instalados antes da etapa de retificação da corrente (de alternada para contínua). ASSTP mostra logo a seguir os símbolos do transformador e ao lado o aspecto real.

DIODOS

Os Diodos semicondutores ou simplesmente diodos, são dispositivos formados basicamente por uma junção PN, podendo ser de germânio ou silício. Seu símbolo é mostrado abaixo.




Diodo Retificador

Normalmente são diodos de silício e sua finalidade é transformar a corrente alternada em corrente contínua nas fontes de alimentação.

O tamanho e o formato dependem da corrente e tensão que eles irão suportar dentro do circuito ao qual farão parte.

No esquema abaixo temos uma aplicação prática do diodo retificador em dois tipos de fonte.

No primeiro esquema, temos dois diodos retificadores fazendo uma retificação de onda completa e no segundo apenas um diodo fazendo o que se chama de retificação de meia onda.

Na onda completa, os dois semiciclos da tensão alternada da rede são aproveitados, enquanto que no segundo esquema é aproveitado apenas um semiciclo.

Quando usamos diodos neste tipo de aplicação (retificação de tensão), precisamos usar tipos que tenham uma tensão inversa maior do que a que vai aparecer em funcionamento, ou seja, o valor de pico da tensão alternada. Para um transformador de 12V, por exemplo, a tensão de pico é da ordem de 17V o que significa que o diodo deve suportar esta tensão.

Classificam-se em função da corrente máxima que podem conduzir e retificar a tensão de pico que suportam, quando polarizado no sentido contrario.

Os de série 1N4000 são os mais comuns suportando corrente de até 1A (ampère), elevando-se esta capacidade, à medida que seu número aumenta, como o ASSTP exemplifica abaixo:

1N4001. tensão máxima inversa 50 V

1N4002. tensão máxima inversa 100V

1N4003. tensão máxima inversa 200V

1N4004. tensão máxima inversa 400V

1N4005. tensão máxima inversa 600V

1N4006. tensão máxima inversa 800V

1N4007. tensão máxima inversa 1000V

É boa prática visando dar maior proteção ao diodo, a de se utilizar aquela cuja tensão inversa máxima, seja acima da tensão que normalmente lhe será aplicada.

Diodos de uso geral (bloqueador e sinal)

Estes diodos, normalmente de silício, mas que também podem ser de germânio em aplicações especiais, se caracterizam por operarem com correntes relativamente baixa.

Diodo Zener

Mantém entre seus terminais a tensão constante, funcionando como um regulador de tensão muito eficiente.

Os diodos Zener são então especificados pela tensão que mantém em seus terminais, por exemplo: 3, 6, 9, 12, 18 Volts e também pela potência que nos diz qual é a corrente máxima que podemos controlar sem que ocorra a destruição do dispositivo.

LEDs

Os LEDS (Light Emmiting Diodes) são diodos que ao serem polarizados de modo a conduzir a corrente, emitem luz. Estes diodos são feitos basicamente de arsenieto de gálio e conforme as impurezas a luz terá uma cor diferente. Os tipos mais comuns são os que emitem radiação infravermelha, luz vermelha, amarela, laranja, verde e azul e, os mais raros, violeta. A tensão de trabalho dos LEDS varia de 1,8 a 2,1 Volts.

A seguir, o ASSTP mostra a simbologia do LED e seu aspecto real.




DICAS

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo aberto

Diodo aberto

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo em aberto

SOM

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

-

-

Diodo aberto

Diodo em curto

-

VÍDEO

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo aberto

Diodo em curto

-

COMPUT.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

IMPRESS.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

TELEF.

Chave, diodo aberto

-

-

Diodo aberto

-

-

Exercício.

  1. Qual a função do diodo retificador?
  2. Qual a função do transformador?
  3. Qual a função do fusível?
  4. O que é chave de onda?

Capacitores

Os capacitores muitas vezes são chamados incorretamente de condensadores, os capacitores são constituídos de um conjunto de placas de metal, separadas por materiais isolantes. É exatamente a característica do material utilizado que qualifica o tipo de cada capacitor. Desta forma, se o material empregado como isolantes for poliéster, o capacitor será conhecido como Capacitor de Poliéster, se o material isolante usado for de mica (malacacheta), o capacitor será conhecido como Capacitor de mica.

O capacitor tem suas placas separadas por um material isolante comumente chamado de “dielétrico”, têm a propriedade de armazenar cargas elétricas, e, por conseguinte, energia elétrica quando é aplicada tensão aos mesmos.

As propriedades dos capacitores em armazenar cargas, conhecida como capacitância, tem um padrão de medida denominado “FARAD”. O FARAD é largamente usado em submúltiplos, micro, nano, etc. Ex:

1 Microfarad (mF) corresponde a milionésima parte do FARAD, ou seja, um FARAD dividido por um milhão é igual a 1 mF.

1 Nanofarad (nF) corresponde a milésima parte de 1mF, ou seja, 1 Microfarad dividido por mil é igual a 1nF

1 Picofarad (pF), resulta na divisão do Nanofarad, ou seja, 1 Nanofarad dividido por mil é igual a 1 pF.

Os capacitores são identificados, simbolicamente conforme é mostrado abaixo. Independentemente de seus tipos. Exceção feita aos capacitores variáveis, trimer e eletrolítico, que possuem símbolo próprio, os quais serão conhecidos em breve.

Os capacitores de cerâmica são utilizados em circuitos de alta freqüência, até a faixa de UHF, sendo encontrados na faixa de 1Pf a 470.000 Pf (470 nf) com tensão de até alguns milhares de Volts.

Os capacitores de poliéster são empregados em circuito de RF e áudio, para.

Filtragens, sintonia, acoplamento, e desacoplamento de sinal de áudio e tensão.

Os capacitores Plate são usados em circuitos de Rádio-freqüência, com o objetivo de acoplar e desacoplar freqüências.

Os Capacitores Styroflex tem seu uso comum em circuitos osciladores de RF (Rádio freqüência).

Simbologia do capacitor poliéster, cerâmica, plate, styroflex.

Capacitores eletrolíticos

É um tipo de capacitor muito importante dentro de um circuito eletrônico. No capacitor eletrolítico temos uma das armaduras composta de alumínio que entra em contato com uma substância química ativa e se oxida, criando assim uma outra camada isolante que age como dielétrico.

Assim quanto mais fina for a camada isolante (dielétrico), maior será a capacidade do capacitor, permitindo com o uso de componentes relativamente pequenos o alcance de elevadas capacitâncias. Os capacitores eletrolíticos são polarizados, isto é, sua armadura positiva terá que ser sempre a mesma. Se invertermos a polaridade no circuito de forma a carregar a amadura positiva de carga negativa, o material isolante (dielétrico) se destruirá, inutilizando o capacitor.

Estes componentes, como podemos concluir, foram desenvolvidos para permitir o alcance de capacitância mais elevado, e resistir a tensão de trabalho e isolação mais alta em relação a sua capacitância. No seu ramo, há tipo que utiliza o óxido de alumínio como dielétrico; e assim conhecido como capacitor eletrolítico de alumínio e outro tipo que utiliza o óxido de tântalo.

As faixas de capacitância destes componentes são as seguintes:

· Alumínio: 0,5 Mfd a 10.000 Mfd.

· Tântalo : 0,1 Mfd a 100.000 Mfd.

ASSTP mostra logo em seguida as simbologias que representam os capacitores eletrolíticos.

_ . + _ +

Estes capacitores são utilizados especificamente em filtragem de fontes de alimentação, circuitos osciladores de baixa freqüência acoplamento de sinal de baixa freqüência e circuito de tempo (temporizador).

Resistores

São Componentes cuja função básica é controlar a intensidade da corrente elétrica em um circuito quaisquer, limitando-a aos valores adequados para um funcionamento correto do circuito. O resistor também transforma parte da corrente aplicada em seus terminais em energia em forma de calor. O exemplo mais comum da presença de temperatura excessiva no circuito e seus efeitos prejudiciais são o do “curto-circuito”.

Assim, os resistores são desenvolvidos com materiais e tecnologia adequada para “resistir” à intensidade de corrente, de maneira ordenada, permitindo a correta passagem desta corrente de maneira a propiciar um perfeito funcionamento do circuito.

O valor da resistência nominal de um resistor com relação a intensidade de corrente elétrica, é calculado levando-se em consideração a quantidade de voltagem e corrente que passará pelo resistor em um determinado momento; este valor nominal é expresso por uma unidade de medida conhecida como “ohms” (leia-se OMES), e cuja o símbolo é representado pela letra grega W.

Os valores de cada resistor se encontram em uma faixa que vai de 0.1 W até 22.000.000 de W.

Para expressar estes valores que muitas vezes são altos, é comum usarmos múltiplos como o K de quilo, representando o valor 1000 (mil), e o M de mega representando 1.000.000 (um milhão). Como exemplo podemos dizer que é bem mais fácil falarmos que um resistor tem uma resistência de 1KW do que falarmos que o resistor tem uma resistência de 1000 ohms, ou ainda 1,2MW ou 1M2W do que Um milhão e duzentos mil ohms.

Logo em seguida o ASSTP mostra a tabela de código de cores para os resistores, maneira pela qual podemos ler todos os valores possíveis para um resistor, uma vez que se trata de componentes de tamanho bastante reduzidos, se optou por colocar em seu corpo faixas coloridas em forma de anéis, ao invés de números, desse modo é de suma importância o aprendizado dessas cores para a identificação do componente.

Nos resistores comuns, há quatro anéis coloridos, onde os três primeiros indicam a resistência e o quarto representa a porcentagem em tolerância. Podendo vir com o anel na cor dourado, que é de 5% ou prata que de 10%.

Símbolos.

Tabela do código de cores

COR

1o Anel

2o Anel

3o Anel

Multiplicador

4o Anel

Tolerância

Preto

0

0

x 1

0

Marrom

1

1

x 10

1 %

Vermelho

2

2

x 100

2 %

Laranja

3

3

x 1.000

3 %

Amarelo

4

4

x 10.000

4 %

Verde

5

5

x 100.000

-

Azul

6

6

x 1.000.000

-

Violeta

7

7

-

-

Cinza

8

8

-

-

Branco

9

9

-

-

Prata

-

-

x 0,01

10 %

Dourado

-

-

x 0,1

5 %

Veja nas aulas práticas da apostila de laboratório como fazer a leitura dos resistores.

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Resistor aberto

Capacitor em curto

Resistor aberto

Resistor alterado ou capacitor aberto

Capacitor em curto

Resistor aberto

SOM

Resistor aberto.

Capacitor em curto ou resistor aberto

-

Resistor alterado ou capacitor aberto

Capacitor em curto

-

VÍDEO

Fusível, diodo, transformador,

Chave.

Diodo em curto

Diodo em curto

Diodo aberto

Diodo em curto

-

COMPUT.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

IMPRESS.

Fusível, diodo, transformador,

Chave

-

-

-

Diodo em curto

-

TELEF.

Chave, diodo aberto

-

-

Diodo aberto

-

-

TRANSISTORES

De todos os semicondutores, certamente os transistores são os mais importantes pela sua gama de utilidades.

Os transistores são dispositivos semicondutores formados por 3 camadas de material semicondutor de tipos alternados, conforme mostra a figura abaixo:

Temos então os transistores do tipo NPN e PNP. Em cada região é ligado um terminal e eles recebem o nome de EMISSOR (E), BASE (B) e COLETOR (C).

Representando isso através de símbolos, temos as duas possibilidades abaixo:

Funcionamento do transistor pode ser analisado facilmente se tomarmos o tipo NPN

pôr base. Para o PNP bastará inverter as polaridades das fontes externas, o que equivale a sentidos opostos para as correntes.

Simbologias dos transistores NPN e PNP




Temos então o esquema 1 com um transistor NPN e duas baterias externas, sendo B1 de tensão baixa e B2 tensão alta.

R1.

R2

O resistor R1 funciona como polarização de Base e o R2 como polarização de Coletor.

Verificamos então o seguinte: Quando variamos R1 de modo que a corrente entre a Base e o Emissor que tem sua junção polarizada diretamente, isso faz com que surja uma corrente entre Coletor e Emissor que aumenta na mesma proporção.

No entanto, a corrente provocada pela circulação Base-Emissor é muito maior, indicando amplificação.

Pequenas variações que provocamos na corrente entre a base e o emissor, farão com que variações maiores da corrente entre Coletor e Emissor ocorram.

O transistor “amplifica corrente” e isso possibilita sua utilização em muitos tipos de circuitos.

Tipos de Transistores

Podemos encontrar diversos tipos de transistores conforme a tecnologia usada na sua fabricação, sua finalidade e a intensidade das correntes com que podem trabalhar.

Uma classificação geral que facilita a compreensão é a seguinte:

a) Transistores de uso geral

São transistores que operam com tensões em torno de 60 ou 80V, correntes de 800 mA a 1 Ampère e amplificam ou geram sinais de baixa freqüências. São usados em circuito de Áudio, Osciladores, etc. A seguir temos o aspecto real destes transistores de pequeno porte e que podem ter invólucros de metal ou plástico.

Estes transistores normalmente são de silício, mas tipos antigos de germânio ainda podem ser encontrados em rádios e outros aparelhos.

Existem diversas nomenclaturas para estes componentes:

Os tipos americanos começam em sua maioria com as letras 2N, mas existem alguns fabricantes que têm siglas próprias como a

Texas que usam em alguns deles a sigla TIS, ou a Motorola que usa MPS ou MPSA.

Para os tipos Europeus temos a sigla AC para os tipos de germânio e a sigla BC para os tipos de silício.

No Japão temos 2SC além de outras siglas que dependem do fabricante.

b) Transistores de potência.

Estes são transistores destinados a operação com corrente elevada e também em alguns casos, tensões elevadas. Como devem dissipar potências altas, aquecendo muito, são dotados de invólucros plásticos ou metálicos que permitem sua montagem num radiador de calor.

FORMAS ESPECIAIS DE TRANSISTORES DE JUNÇÃO

Atualmente o fabricante de transistores tem uma variedade de técnicas e de materiais à sua disposição. Geometrias especiais para manipulação de grandes potências ou operação em radiofreqüências têm sido desenvolvidas e assim a faixa de operação do transistor foi ampliada. Além disso, outros processos e difusão, gravação em mesa e a escolha dos níveis de dopagem permitem que os transistores sejam fabricados com características especiais para satisfazer a requisitos particulares.

Os transistores de potência de germânio foram fabricados durante o início da década de 1950 "aumentando proporcionalmente" os transistores de junção por liga de pequenos sinais. A área das junções foi aumentada, e a pelota do coletor foi ligada ao invólucro para assegurar uma baixa resistência térmica. Tais transistores podiam dissipar 10 W, mas apresentaram uma rápida queda no ganho para correntes acima de 1 A. No final da década de 1950, o emissor de índio era dopado com gálio para aumentar a dopagem do emissor e portanto aprimorar o ganho nas altas correntes. Os aperfeiçoamentos neste tipo de transistor permitem que ele seja usado atualmente com potências de até 30 W.

Os primeiros transistores de potência de silício foram introduzidos no final de 1950, e usaram as técnicas de difusão. As regiões da base e do emissor foram sucessivamente difundidas num lado de uma fatia de silício do tipo n, e a ligação elétrica à base foi feita pela liga dos contatos de retificação através do emissor. Este tipo de transistor apresentou um bom ganho até uma corrente de 5 A. Os refinamentos ao processo de fabricação durante os anos de 1960 levaram ao atual transistor de potência difundido capaz de manipular correntes de até 30 A e potências de até 150 W. Dois processos de fabricação são usados para este tipo de transistor de potência, os processos de difusão simples e de difusão tripla.

O processo hometaxial ou de difusão simples usa uma difusão simultânea sobre os lados opostos de uma pastilha de base homogênea, formando regiões de emissor e de coletor fortemente dopadas. O emissor é gravado em mesa para permitir que a ligação elétrica seja feita com a base. Este tipo de transistor reduz o risco de pontos quentes pelo uso de uma base homogênea, a base larga proporciona boas propriedades de segunda ruptura, e o coletor fortemente dopado proporciona baixa resistência elétrica e térmica.

Os transistores de potência por difusão tripla são fabricados difundindo-se as regiões da base e do emissor num lado de uma bolacha do coletor. A terceira difusão forma um coletor difundido fortemente dopado sobre o outro lado. Este tipo de transistor tem um alto valor de regime de tensão, muitas vezes capaz de suportar tensões de 1 KV ou mais.

O processo epitaxial planar permite que outros aprimoramentos sejam feitos nos transistores de potência. Em altas densidades de corrente, pode ocorrer contração de corrente. Esta é a causa da segunda ruptura. A transição do emissor torna-se mais polarizada diretamente do que o centro, de modo que a corrente concentra-se ao longo da periferia do emissor. É, portanto necessário projetar estruturas de base-emissor que diferem das geometrias anular ou em forma de pera dos transistores de pequeno sinal, e o aumento proporcional não mais pode ser feito. Um emissor com uma longa periferia é necessário. Duas estruturas que têm sido usadas com sucesso são a estrela e a floco de neve, os nomes servindo para descrever a forma do emissor. Estas estruturas não podem ter sido produzidas em transistores práticos sem a técnica planar de difusão através de uma fôrma na camada de óxido.

Estruturas mais complexas de base-emissor podem ser produzidas para combinar a grande área do emissor e a periferia longa requerida para manipulação de alta potência com o restrito espaçamento requerido para operação de alta freqüência. Foram desenvolvidas geometrias para possibilitar aos transistores de potência operar nas radiofreqüências. Uma tal geometria é a estrutura interdigitalizada onde os contatos da base estão inseridos entre os contatos do emissor. Uma outra é a estrutura sobreposta onde uns grandes números de tiras separados do emissor são interligados pela metalização numa região de base comum. Com efeito, uns grandes números de transistores de alta freqüência separados são conectados em paralelo para conduzir uma grande corrente. Os transistores que usam estas estruturas podem operar nas radiofreqüências, com potências típicas de 175 W a 75 MHz e 5 W a 4 GHz.

Uma outra estrutura usada em transistores de potência é a estrutura mexa ou de base epitaxial. Uma camada epitaxial levemente dopada é crescida num coletor fortemente dopado, e uma simples difusão usada para formar o emissor na camada de base epitaxial. A estrutura resultante é gravada em mesa. Os transistores mexa são reforçados e têm baixa resistência de coletor.

Os transistores de potência são usualmente encapsulados em invólucros metálicos possibilitando a montagem num dissipador de calor. Nos últimos anos, no entanto, tem havido certa tendência para os encapsulamentos plásticos. Isto tem diminuído consideravelmente o custo do encapsulamento do transistor sem afetar o desempenho. Uma placa de metal é incorporada no invólucro plástico para garantir um bom contato térmico entre o elemento transistor e um dissipador de calor.

Um transistor de potência usado como transistor de saída num amplificador geralmente requer um transistor pré-amplificador para proporcionar potência de entrada suficiente. Se ambos os transistores forem montados sobre dissipadores de calor, uma considerável quantidade do volume do amplificador ser ocupada por esses dois transistores. Um desenvolvimento recente permite que seja economizado espaço combinando-se os transistores pré-amplificador e de saída na mesma fração de pastilha de silício num encapsulamento. Esta construção é o transistor de potência Darlington, que pode ter um ganho de corrente de até l 000 e saídas de potência de até 150 W.

Figura 8.44 Diagrama de circuito do transistor de potência Darlington

O diagrama de circuito de um transistor Darlington é mostrado na Figura 8.44. Os dois transistores e os resistores de base-emissor são formados numa fração de pastilha por difusões sucessivas usando o processo de base epitaxial. Um díodo também pode ser formado através dos terminais de coletor e de emissor para proteção, se requerida. Os ganhos de corrente dos dois transistores são controlados durante a fabricação, de modo que o ganho global varia linearmente ao longo de uma faixa da corrente de coletor. Esta linearidade de ganho é combinada com espaçamentos menores do que ocorreria com transistores discretos ligados no mesmo circuito. Estas vantagens do transistor Darlington são combinadas com uma desvantagem: o alto valor de VCE(sat).

Os transistores para operação em alta freqüência ou para chaveamento rápido devem Ter espaçamentos estreitos entre o emissor, a base e o coletor. Duas geometrias são geralmente usadas: a base de anel e a base de tira ou fita. A estrutura de base em anel é "reduzida proporcionalmente" a partir da estrutura anular usada para os transistores de baixa freqüência. A estrutura de base em tira, que geralmente é preferida para operação em freqüências mais altas, é mostrada na Figura 8.45. Muitas dessas estruturas podem ser ligadas em paralelo para aumentar a capacidade de transporte de corrente, formando a estrutura interdigitalizada já descrita para os transistores de potência de RF. As capacitâncias internas do transistor, e as capacitâncias espúrias da montagem e do invólucro, devem ser mantidas tão baixas quanto possível para evitar a restrição do limite das freqüências superiores. Um processo de fabricação epitaxial planar deve ser usado para manter baixa a resistência do coletor. O nível da dopagem é escolhido para se adequar à freqüência de operação e à tensão.

Figura 8.45 Estruturo "stripe-base” para transistores de alta freqüência.

Na estrutura de base em tira, duas dimensões são críticas para o limite das freqüências superiores. Estes são a largura da tira do emissor (We na Figura 8.45) e a largura da base Wb. Nos transistores da atualidade que operam até a região de microondas, a largura do emissor pode ser tão baixa quanto 1 Pm e a largura da base 0,1 Pm.

Os componentes estudados quando defeituosos provocam estes sintomas:

Aparelho

Não funciona

Sem som

Sem imagem

Som baixo

Queima de fusível

Falta cor

TV

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor em curto

Transistor em curto

SOM

Transistor em curto

Transistor em curto

-

Transistor em curto

Transistor em curto

-

VÍDEO

Transistor em curto

Transistor aberto

Transistor aberto

Transistor aberto

Diodo em curto

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COMPUT.

Transistor em curto

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Transistor em curto

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IMPRESS.

Transistor em curto

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Transistor em curto

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TELEF.

Transistor em curto

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Transistor em curto

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